sábado, 17 de setembro de 2016

Carta de Pero Vaz de Caminha

Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas m�os, e suas setas. Vinham todos rijamente em dire��o ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas n�o p�de deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente arremessou-lhe um barrete vermelho e uma carapu�a de linho que levava na cabe�a, e um sombreiro preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu um ramal grande de continhas brancas, mi�das que querem parecer de alj�far, as quais pe�as creio que o Capit�o manda a Vossa Alteza. E com isto se volveu �s naus por ser tarde e n�o poder haver deles mais fala, por causa do mar. 







Fonte :http://educaterra.terra.com.br/voltaire/500br/carta_caminha.htm

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